São Paulo: Trabalhador do transporte mantém mobilização estadual para o dia 21
FONTE: Assessoria de Imprensa
Pestana defende que estes profissionais sejam inseridos no mercado dos entregadores registrados com base na CLT, que são representados pela Federação
Em reunião virtual na manhã desta segunda-feira (31), dirigentes sindicais dos motoristas e outros profissionais de empresas de ônibus mantiveram o protesto de 21 de junho em todo o estado de São Paulo.
Em reunião na quinta-feira (27), os sindicalistas da federação e de sindicatos de trabalhadores rodoviários avaliaram as campanhas salariais com data-base em maio e definiram o calendário de luta.
Na terça-feira da próxima semana eles farão um ‘esquenta’ para a mobilização geral do dia 21 na capital paulista e demais 644 municípios do interior e litoral do estado.
O ‘esquenta’ será com assembleias de uma a duas horas, em todas as garagens, para não aglomerar os trabalhadores nos sindicatos, a fim de explicar a eles a organização unitária da campanha salarial.
Para avaliar essas assembleias e acertar os detalhes do dia 21, a federação e os sindicatos farão uma plenária presencial, dia 17, uma quinta-feira, às 10 horas, no Sindmotoristas da capital.
Mesma estratégia
O presidente da federação estadual da categoria (Fttresp) e do sindicato de Santos, Valdir de Souza Pestana, batizou o protesto do dia 21 de ‘parada por comida no prato e botijão de gás’.
Segundo ele, as empresas de ônibus, de forma orquestrada, não querem negociar a renovação dos acordos coletivos de trabalho, postergando a data-base para o último quadrimestre do ano.
Os sindicalistas reivindicam reajuste nos salários e benefícios de 10%, equivalente a 2,44% de 2020 e 7,59% de 2021. Isso, na média salarial, equivale a dois botijões de gás de R$ 115 cada.
Os sindicalistas estão entusiasmados com o resultado da campanha que fizeram pela vacinação da categoria em todo o estado, com ameaça de ‘parada sanitária’ em 20 de abril.
E agora adotam a mesma estratégia para a campanha salarial dos 200 mil trabalhadores rodoviários, entre motoristas, cobradores, fiscais, pessoal de manutenção e administrativo, orientadores e outros profissionais.
Defesa dos atos de ruas
Na reunião desta semana, Pestana defendeu as manifestações que levaram cerca de 500 mil pessoas às ruas, no sábado (29), nas capitais, grandes e médias cidades do país.
“Foi uma demonstração de que o povo não aceita mais pagar a conta pelos erros da política econômica e social do governo. Nessa, nós não fomos. Mas iremos nas próximas”, disse o sindicalista.
O presidente da Fttresp ponderou que “os protestos não foram apenas por vacinas, mas também por salários, comida, remédios, alugueis, emprego, ensino, saúde, segurança e outros direitos sociais”.
“Os brasileiros lutam também pela dignidade que o governo tenta tirar de nós, pelas estatais que entrega a preço de banana, contra a destruição da Petrobras e outros problemas”, disse Pestana.
Para o rodoviário, “se as direções sindicais, partidárias e comunitárias não organizarem os protestos, o povo acabará indo às ruas por ele mesmo, sem direção. E ninguém sabe o que poderá acontecer”.