Sindicato dos borracheiros move ação contra pneumáticas

Fonte: Diário do Grande ABC

O Sindicato dos Borracheiros da Grande São Paulo moveu ações judiciais contra as duas pneumáticas da região, a Bridgestone e a TP Industrial (antiga Pirelli), ambas situadas em Santo André, pelo mesmo motivo. Conforme o MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), os operários que possuem apenas 30 minutos para realizar as refeições não podem fazer hora extra. No entanto, não é o que ocorre.

Diante desse descumprimento, a entidade pede na Justiça o pagamento retroativo a cinco anos referentes à meia hora restante de almoço e janta.

No caso da Bridgestone, em maio foi realizada assembleia para a votação de acordo coletivo e, conforme trabalhadores, empresa e sindicato garantiram que seria feito depósito de quantia que gira em torno de R$ 20 mil, por empregado, neste mês. A planta da região possui cerca de 3.000 funcionários.

No entanto, o diretor da entidade Daniel Demetrio explica que a data seria apenas uma previsão, pois há ação judicial coletiva na Justiça contra a prática. “A Bridgestone tem a autorização do MTE para esta prática, mas apenas nos últimos dois anos. O processo diz respeito aos três anos anteriores, quando isso era ilegal e, por isso, eles (os trabalhadores) devem receber.”

Os funcionários alegam que o sindicato não tem informado sobre o andamento da ação. Eles também atestam que a minuta aprovada há três meses ainda não foi registrada no MTE, conforme a lei determina, e temem que, com a reforma trabalhista, cláusulas sejam mudadas sem o consentimento dos operários.

Em nota, a Bridgestone afirma que “segue os itens estabelecidos nos acordos coletivos e não comenta possíveis processos trabalhistas. A empresa segue políticas claras e transparentes de ética e integridade em todas as frentes de seus negócios e está à disposição para quaisquer dúvidas”.

Na TP Industrial, neste ano não houve votação de seus 2.000 empregados para reajuste salarial porque o acordo coletivo para 2017 foi definido no ano passado. A empresa, no entanto, comenta o processo e aponta que “ele se encontra na primeira instância da Justiça e que, da sentença proferida, ainda cabe recurso ao tribunal. A empresa preza pela boa relação e diálogo que possui com os seus trabalhadores e o próprio sindicato e, ao mesmo tempo, reafirma seu compromisso com Santo André por meio dos recentes investimentos anunciados (de R$ 110 milhões até 2019)”.

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