Em Santos, estivador quer negociar

Fonte: Assessoria de imprensa do sindicato

Mas poderá fazer greve por tempo indeterminado

Faixa do sindicato dos estivadores no terminal de contêineres da Libra

O sindicato dos estivadores de Santos (Sindestiva) oficiou ao sindicato patronal dos operadores portuários (Sopesp), na sexta-feira (3), e propôs reabertura de negociação para a data-base de março.

Segundo o diretor social e de imprensa do sindicato, Sandro Olímpio da Silva ‘Cabeça’, se as empresas não sinalizarem com o diálogo, a categoria debaterá greve por tempo indeterminado em todo o porto.

Os mais de 5 mil estivadores estão sem atuar nos quatro terminais de contêineres desde a manhã de quarta-feira (1º) e retornarão ao trabalho a partir das 7 horas deste sábado.

A assembleia da categoria está em caráter permanente e pode ser convocada a qualquer momento. O sindicato reclama que os empresários suspenderam as negociações na semana passada.

“Queremos dialogar com seriedade e responsabilidade”, diz o sindicalista, “mas os patrões apostam na intransigência e tentam jogar a opinião pública contra os trabalhadores”.

Sandro refere-se a declarações do coordenador da câmara de contêineres do Sopesp, Sérgio Aquino, de que os estivadores prejudicam a imagem do Brasil no exterior.

Escravismo

“Na verdade, quem enxovalha o conceito do país no comércio internacional é a concepção escravista das anacrônicas empresas em operação no maior porto da América Latina”, diz o sindicalista.

“Não invadimos o terminal da Libra, como alega o Sopesp. Ali é nosso local de trabalho. Quem invadiu a área estratégica do porto foi a Libra, por meio de tenebrosas transações”, pondera Sandro.

Segundo ele, o próprio Sopesp reconhece operar com mão de obra irregular, ao dizer que os terminais utilizam trabalhadores vinculados. “Sim, inclusive de outras categorias”, explica o sindicalista.

Sandro contesta a versão de que diretores do sindicato e estivadores invadiram um navio: “Fomos fiscalizar a denúncia de que havia utilização de mão de obra estrangeira, da tripulação, no lugar da estiva”.

Essa prática, segundo o diretor sindical dos estivadores, “contraria a legislação e atenta contra a soberania nacional, além de colocar em risco a vida dos trabalhadores e a própria carga”.

O sindicato pediu fiscalização ao ministério do trabalho, ao ministério público do trabalho, capitania dos portos da marinha e comissão estadual de segurança pública nos portos, terminais e vias navegáveis.

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