Rpbc Petrobras – 200 terceirizados da refinaria marcam greve para segunda-feira
Fonte: Assessoria de imprensa do Sintracomos
A decisão foi aprovada na manhã de terça-feira (5), diante da portaria da estatal, em assembleia do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Montagem e Manutenção Industrial (Sintracomos)
Os 200 operários da empreiteira Normatel, que presta serviços à refinaria presidente Bernardes de Cubatão (Rpbc), da Petrobras, marcaram greve a partir de segunda-feira (11), por tempo indeterminado.
A decisão foi aprovada na manhã de terça-feira (5), diante da portaria da estatal, em assembleia do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Montagem e Manutenção Industrial (Sintracomos).
Segundo o presidente do sindicato, Macaé Marcos Braz de Oliveira, os operários têm cinco reivindicações e a assembleia obedece aos prazos da lei de greve (7783-1989), para possibilitar negociações.
“Queremos resolver o problema por meio do diálogo democrático”, diz o sindicalista. “Mas, se isso não for possível, usaremos a também democrática e constitucional lei de greve”.
Macaé espera que a empresa e a Petrobras solucionem o impasse até sexta-feira (8), “evitando o desgaste de uma greve por tempo indeterminado, que não interessa ao trabalhador, à empreiteira e à estatal”.
Com data-base em 1º de maio, a categoria reivindica que os salários atuais sejam equiparados ao de 2017, que eram superiores. Quer também vale-refeição de R$ 28 e vale-café de R$ 7,50.
A participação nos lucros ou resultados (PLR), conforme a lei 101-2000, também está na pauta de reivindicações, além da manutenção da data-base da categoria.
Culpa do governo
A empresa diz que o atendimento das reivindicações geraria desequilíbrio econômico que inviabilizaria por completo a continuidade dos trabalhos prestados a Petrobras.
Para Macaé, “o que inviabiliza as empreiteiras e as empresas em geral é a política econômica do governo, baseada na recessão, para atender interesses do capital financeiro internacional”.
“Jogar nas costas dos trabalhadores o ônus da desastrosa e entreguista política econômica é fácil”, pondera o sindicalista. “O certo seria as empresas questionarem o governo”.