SindForte faz 26 anos de história e conquistas
Fonte: Agência Sindical
Numa manhã de sábado, 16 de fevereiro de 1992, nascia no Centro da capital paulista o Sindicato dos Trabalhadores em Serviços de Carro Forte, Guarda, Transporte de Valores, Administrativos e Afins do Estado de São Paulo
A nascente categoria, de base estadual, passava a ter vida autônoma perante a vigilância patrimonial, criada por lei em 1983.
João Passos, atualmente na presidência da entidade, comenta: “A formação do nosso Sindicato agregou os companheiros e abriu caminho para seguidos ganhos salariais, novos direitos e mais conquistas”. Entre tais avanços estão o maior Piso salarial do segmento no Brasil, a conquista pioneira do adicional de risco de vida (30% do salário), tíquete-refeição por dia trabalhado (de R$ 32,00 atualmente), dois tíquetes adicionais por mês, entre outras.
Escolta – No ano de 2000, o segmento da escolta armada também foi reconhecido pela Justiça como pertencente à base do SindForte. Os ganhos foram imediatos. Primeiro, com a elevação real do Piso; segundo, com a conquista de adicional de risco de vida, de forma gradual, até chegar a 30% do salário normativo. Hoje, somados os dois setores, o Sindicato representa cerca de 18 mil trabalhadores no Estado.
O presidente João Passos lembra que nesses 26 anos o setor de segurança privada obteve muitos avanços legais. “Fizemos campanha nacional pra reblindar os veículos, acabando com as carrocerias casca de ovo, que não aguentavam um tiro de calibre 38”, conta. Ele também menciona a conquista, junto ao Ministério da Justiça, da CNV – Carteira Nacional do Vigilante. É a carteira de identidade profissional. “Sem ela, a pessoa não pode trabalhar. Isso veio valorizar o profissional qualificado e habilitado”, diz.
Crescimento – Muitos avanços foram obtidos por meio de negociações com o patronato e o Ministério da Justiça. Outras nasceram de greves no transporte de valores e na escolta. O Sindicato também registra crescimento patrimonial: sede própria no Centro da Capital, duas Colônias de Férias em Bertioga e um terreno em Praia Grande. A assistência jurídica é prestada em todo o Estado. A subsede de Campinas conta com escola de informática.
Sindicalização – O SindForte tem atualmente cerca de 43% da categoria em seus quadro associativo, o dobro a média nacional. “E estamos em campanha para aumentar esse índice”, conta João Passos.
Demandas – Além das questões específicas por empresa, João Passos cita o problema da violência, por meio de ataques a carros-fortes e a bases de empresas. Ele critica: “O governo não tem sido eficaz na prevenção a esse tipo de crime e a seu combate. E quem paga com isso, até com a própria vida, é o honesto pai de família da categoria”.
Força – O SindForte é filiado à Força Sindical. João Passos comenta: “Temos afinidade com as bandeiras de luta da Força, até por ser uma Central aberta a todas as correntes políticas e não tenta impor orientação ideológica a seus filiados”.