Pajens e adi’s protestarão diante do paço de Guarujá
Fonte: Assessoria de imprensa do Sindserv
Pajens e auxiliares de desenvolvimento infantil (adi’s) da rede municipal de ensino protestarão diante da prefeitura de Guarujá, das 7h30 às 17 horas desta terça-feira (21).
Embora espontâneo, o movimento das 280 pajens e 181 adi’s tem apoio do sindicato dos servidores públicos Sindserv, cuja diretoria estará presente, e da central Força Sindical.
As servidoras reivindicam enquadramento como professor de educação infantil e se revezarão no protesto em seus horários de folga, para não interromper o atendimento às crianças.
Na campanha eleitoral de 2016, o hoje prefeito Valter Sumam (PSB) assinou termo de compromisso com a reivindicação da categoria, mas até agora não a atendeu.
Segundo a pajem e diretora do Sindserv Geane Maria da Silva, o protesto foi decidido quando houve uma resposta negativa da prefeitura, “após meses de protelação”.
A sindicalista explica que o executivo municipal abriu um processo administrativo “sem observância dos argumentos técnicos que embasaram a reivindicação”.
Na noite de quarta-feira, 15 de novembro, no salão de festas do Sindserv, categoria conheceu indeferimento da reivindicação pela advocacia geral do município.
Pajens e ‘adis’, no auditório do Sindserv, em uma das diversas reuniões sobre o assunto
Arquivamento
Ela argumenta que a educação básica começa na creche, onde se faz necessária a presença do professor. “E a administração tem plena consciência disso”.
Geane lembra que o governo anterior ofereceu, em uma plataforma, a formação em nível superior para todas as educadoras. E que o último concurso exigiu essa formação.
A presidenta do sindicato, Márcia Rute Daniel Augusto, recorda que a luta é antiga e que, em 2015, a diretoria contratou uma advogada especialista em educação.
As negociações, segundo ela, começaram na administração anterior, quando o sindicato protocolou um documento com mais de duas mil paginas, provando a legalidade do enquadramento.
O secretário-geral do sindicato, Edler Antônio da Silva, explica que o documento foi indeferido pelo jurídico da prefeitura, que determinou seu arquivamento “sem ao menos ouvir a categoria”.
O diretor financeiro do sindicato, Zoel Garcia Siqueira, que é professor da rede pública municipal e estadual, apoia a manifestação das pajens e adi’s.
Para a delegada sindical e ‘adi’ Kamila Nunes dos Santos, o enquadramento “contemplará o trabalho pedagógico desenvolvido pela categoria ao longo dos anos”.
Das 461 servidoras envolvidas, 256 são associadas ao Sindserv. Segundo a delegada sindical Fabiana Alves Cruz, a concentração maior, no protesto, será das 7h30 às 10 e das 14 às 16 horas.
A prefeitura pediu à direção do sindicato que suspendesse a manifestação.
Márcia Rute consultou as pajens, pois o movimento é espontâneo. Mas as profissionais resolveram mantê-la.