Celebração do Dia Mundial do Meio Ambiente faz campanha #EstouComANatureza

A data é 05 de junho, mas a ONU Meio Ambiente realiza de 4 a 11 de junho eventos nacionais para incentivar a conexão das pessoas com a natureza e incentivar sua proteção.

A semana Mundial do Meio Ambiente em 2017 ganha o tema “Conectando as pessoas à natureza” e será comemorado mundo afora com mais de um mil eventos. Com o slogan “Estou Com a Natureza”, a ideia central é impulsionar os esforços para a conservação do meio ambiente, transformando ações individuais em uma força coletiva que tenha um verdadeiro e duradouro legado de impacto positivo para o planeta.

 

As armadilhas da vida moderna

Arranha-céus, smartphones, fast food — são construídas sobre uma base de sistemas naturais complexos”, acontece que sem sistemas naturais saudáveis, nossa vida moderna começa a desmoronar. Uma mudança aparentemente insignificante pode causar efeitos desastrosos. Pode-se observar isso nas mudanças climáticas. Um pequeno aumento da temperatura global está causando aumento do nível do mar, mais inundações, secas e espécies sendo dizimadas.

“O apelo da campanha para este ano é para que as pessoas procurem estar rodeadas pela beleza da natureza e redescubram a importância de cuidar do meio ambiente. A ideia é convidar os cidadãos a comemorarem a semana de diferentes maneiras, começando por sair de casa e ter um maior contato com a natureza.” – disse Heleno B. da Silva (Secretário do Meio Ambiente da Força Sindical SP)

 

História da data

O Dia Mundial do Meio Ambiente foi instituído em 1972 pela Organização das Nações Unidas (ONU), durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, em Estocolmo. É comemorado em 05 de junho justamente para coincidir com a data da realização dessa conferência. Durante esse encontro, que ficou conhecido como Conferência de Estocolmo, foram estabelecidos princípios para orientar a política ambiental em todo planeta. A importância de que cada país construísse um arcabouço legal próprio, voltado para a preservação do meio ambiente, também ficou clara no evento. Diretriz esta que foi incorporada à Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, a qual dedicou um capítulo inteiro ao Meio Ambiente, e sabiamente estabeleceu, em seu Art. 225, que: “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.”

 

Lamentável, mas não é o fim!

Trump anuncia saída dos EUA do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quinta-feira (1º) a saída de seu país do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas, mas prometeu negociar um retorno ou um novo acordo climático em termos que considere mais justos para os americanos.

Ele disse que o atual documento traz desvantagens para os EUA para beneficiar outros países, e prometeu interromper a implementação de tudo que for legalmente possível imediatamente.

Ao iniciar os procedimentos oficiais de retirada, respeitando a forma de saída prevista no acordo, Trump desencadeia um longo processo que não será concluído até novembro de 2020 — no mesmo mês em que concorrerá à reeleição, garantindo que a questão se torne um grande tema de debate na próxima campanha presidencial.

A decisão de Trump pode ter sérias consequências para o cumprimento das obrigações previstas pelo tratado por parte de outros países e, mais em geral, sobre a condição climática do planeta, considerando que o aquecimento global é um fenômeno que já está ocorrendo e que todos os anos perdidos na luta contra esse fenômeno aumentam o risco de provocar efeitos irreversíveis sobre o clima.

Segundo levantamentos realizados por várias universidades e centros de pesquisa de diferentes países do mundo, a saída dos EUA do Acordo de Paris acrescentaria 3 bilhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) emitido por ano na atmosfera, aumentando a temperatura da Terra entre 0,1º e 0,3º C até o final do século.

A preocupação em nível global com a saída dos Estados Unidos é o efeito de emulação: outros países poderiam ser influenciados a reduzir ou atenuar seus compromissos internacionais sobre a questão climática ou até abandonar completamente o acordo.

A decisão de se retirar do acordo poderia sinalizar a intenção de Trump de cortar outras leis que limitam a produção de gases poluentes nos EUA assinadas pelo seu antecessor Obama. Entretanto, a saída dos EUA do Acordo de Paris não seria imediata. O processo poderá demorar até três anos, assim como estabelecido no próprio acordo, com diversas batalhas jurídicas e diplomáticas muito intensas, além do grave desgaste de imagem internacional dos Estados Unidos.

 

O que é o Acordo de Paris

O Acordo de Paris sobre as mudanças climáticas impõe aos países signatários conter o aquecimento global em até 2º C em relação aos níveis pré-industriais, com o objetivo de não superar o 1,5º de aumento da temperatura mundial até 2100.

Já hoje as temperaturas médias são de 1º acima dos níveis pré-industriais, uma mudança climática ocorrida em larga parte nas últimas décadas. Com o acordo assinado em 2015 no final da Cúpula do Clima de Paris (COP 21), 195 países signatários se comprometeram a reduzir suas emissões de gases de efeito estufa. Entretanto, segundo muitos cientistas essas medidas seriam insuficientes para garantir o respeito dos objetivos fixados e deveriam ser rapidamente atualizadas.

O Acordo de Paris foi assinado na cúpula anual da ONU sobre o clima COP 21, a vigésima-primeira cúpula das Nações Unidas sobre o tema.

Segundo o próprio acordo, os países signatários não podem abandoná-lo antes de três anos, além de um quarto ano para que o procedimento seja completado. Ou seja, Trump não poderia se livrar dos vínculos legais do texto antes de 2020, sem cometer uma violação do direito internacional.

Uma alternativa para os EUA poderia ser aquela de abandonar completamente a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC) (a que organiza as cúpulas da COP), que Trump criticou fortemente em diversas ocasiões no passado. Uma última opção poderia ser uma renegociação dos objetivos de corte das emissões, obrigando todavia Washington a uma longa e difícil negociação com os outros países.

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