Como os operários avaliam as reformas do governo federal
Fonte: Assessoria de Imprensa do Sintracon
As reformas trabalhista e previdenciária tramitam no Congresso Nacional.
Enquanto são votadas, a classe trabalhadora teme com o que pode acontecer com seus direitos, organizando manifestações e mobilizando milhares de trabalhadores nas ruas. Mas, afinal de contas, como as medidas são avaliadas pelos operários?
Para o presidente do Sintracon-SP, Ramalho da Construção, é necessário abrir um espaço de discussão entre a classe operária e os políticos para melhorar a proposta do Governo. “Quando mexem nos direitos dos trabalhadores, eles precisam dialogar com quem está sendo prejudicado. E, claramente, isso não está acontecendo. Queremos ser ouvidos, não podem dar voz apenas aos empresários. Sem diálogo não há possibilidade de melhorar a situação para nós (trabalhadores)”, destaca Ramalho.
Antônio Soares dos Santos, de 62 anos, é pedreiro e vê as reformas como prejudiciais aos trabalhadores. “Os políticos votam a favor dessas reformas para tirar os nossos direitos e abastecer a ‘banca’ deles. Muitas coisas que são boas para nós, infelizmente, podem ser tiradas com a aprovação dessas propostas. Não podemos deixar essas medidas serem aprovadas”, aponta o baiano.
Paulo Pereira, de 28 anos, trabalha como encanador para sustentar seus dois filhos: Vitor, de quatro anos, e Pedro Henrique, de um. Para ele, as medidas são preocupantes. “Não concordo com as reformas do Governo. A da Previdência é um absurdo. Me coloco no lugar dos meus filhos, com quantos anos eles vão se aposentar? Quanto a trabalhista, que tira a obrigatoriedade do imposto sindical, é outra coisa inaceitável. Enfraquecendo os sindicatos, o que será de nós, trabalhadores? O patrão vai fazer a gente de escravo”, conclui o piauiense.
Mobilização
Para bater de frente com as reformas, o movimento sindical distribui, desde a terça-feira, 20, alguns panfletos, cartazes e adesivos nas ruas de todo o País. O intuito é organizar a paralisação geral do próximo dia 30.