Luta contra as reformas mobiliza frentistas de todo o país
Fonte: Assessoria de Imprensa Fenepospetro
Os dirigentes dos frentistas, que representam cerca de 500 mil trabalhadores de postos de combustíveis e lojas de conveniência em todo o país, mostraram a força da categoria nos protestos da última sexta-feira (30).
A sexta-feira (30) foi um dia de luta para os trabalhadores, em especial para a categoria dos frentistas que vai ser duramente atingida pelas reformas da Previdência e Trabalhista. Com o apoio do poder econômico, o governo tenta aprovar no Congresso Nacional as propostas que vão retirar direitos históricos conquistados com muita luta pela classe trabalhadora. Para impedir o avanço das reformas e o retrocesso social, Sindicatos dos Frentistas de todo país junto com demais categorias saíram às ruas para protestar contra o governo e os projetos que vão precarizar a mão de obra e escravizar o trabalhador brasileiro.
O presidente da Federação Nacional dos Frentistas (FENEPOSPETRO), Eusébio Pinto Neto, participou ativamente dos protestos no Rio de Janeiro, onde representa o sindicato da categoria no estado. Ele realizou manifestações nos postos de combustíveis da capital e chamou a atenção dos trabalhadores para o risco de as propostas passarem no Congresso. Eusébio Neto disse que o Brasil vive um momento de inversão de direitos, onde quem está no poder trabalha contra a classe operária e toda a sociedade. O presidente da FENEPOSPETRO afirmou que o povo brasileiro precisa despertar a consciência de classe e política e tomar as ruas e lutar para que os direitos não sejam retirados. Ele disse que se as propostas passarem será necessário fazer uma nova Lei Áurea, já que o povo vai trabalhar sob o chicote do poder econômico.
Eusébio Neto denunciou a elite de burocratas do serviço público do país formada por representantes do poder legislativo, executivo e judiciário, que ganha altos salários e ainda conta com ajuda de custo para moradia, combustível e roupa, enquanto o povo desempregado sofre com a exploração. “É o trabalhador que sustenta a Nação com seus impostos, enquanto a maioria dos ricos não paga imposto, sonega e ainda transfere a renda para outros países. Temos que fazer uma reforma política no país porque o país pertence ao povo e não a classe aristocrática”, completou.
NORDESTE
BAHIA- Os dirigentes do Sindicato dos Frentistas da Bahia também realizaram manifestações nos postos de combustíveis de Salvador. Com um Fora Temer, o diretor do sindicato Antônio Lago, abriu seu discurso na Praça Castro Alves. Ele disse que os trabalhadores exigem que o governo cumpra o projeto de 2014, aprovado nas urnas, de desenvolvimento com inclusão social e não de exclusão social como defende o presidente Michel Temer. Antônio Lago afirmou que os frentistas baianos estão mobilizados e vão resistir contra o golpe e as perdas de direitos. “O governo quer acabar com a estrutura do estado e com todo o projeto que vise proteger o trabalhador. Temos que ficar alerta para não cair no engodo do governo que quer passar o trator sobre todos os trabalhadores”.
PERNAMBUCO- O presidente do Sindicato dos Frentistas, Severino Pessoa, liderou a categoria na marcha contra as reformas pelas ruas do centro de Recife.
SUDESTE
SÃO PAULO- Em São Paulo, os protestos tiveram início nas primeiras horas da manhã de sexta-feira (30) com o bloqueio das principais vias do estado. Em Campinas, o diretor do Sindicato dos Frentistas, Raimundo Nonato, ajudou na elaboração das ações na cidade. Em Sorocaba, berço de resistência e de luta, a presidente do Sindicato dos Frentistas, Sueli Camargo participou das manifestações que tomaram as ruas da cidade. O Sindicato dos Frentistas de Ribeirão Preto liderou a marcha dos trabalhadores contra as reformas na cidade. Do alto do carro de som o diretor Vanildo Custódio convocou os trabalhadores para a luta. Em São José do Rio Preto, Osasco e São José dos Campos, os frentistas foram às ruas na manhã de sexta contra as reformas. O diretor do Sindicato dos Frentistas de São Paulo, Vanderlei Santos participou da manifestação em frente à sede da Superintendência Regional do Trabalho.
ESPÍRITO SANTO- As manifestações se concentraram em frente ao prédio da assembleia Legislativa do estado, em Vitória.
RIO DE JANEIRO- Os protestos dos frentistas no Rio de Janeiro ganharam o apoio dos clientes de postos de combustíveis. As manifestações encerraram no fim do dia com milhares de pessoas concentradas na Candelária e Avenidas Presidente Vargas e Rio Branco, principais vias da cidade. Mais uma vez os protestos no Rio terminaram em confronto entre a polícia e grupos de mascarados.
CENTRO-OESTE
MATO GROSSO DO SUL- As famílias dos frentistas aderiram as manifestações em Campo Grande. Os trabalhadores levaram as mulheres e filhos para os protestos.
RONDÔNIA- O forte calor não afastou os manifestantes dos protestos na capital de Porto Velho, onde os protestos duraram mais de oito horas. Os representantes da subsede da FENEPOSPETRO no estado participaram dos atos.
SUL
PARANÁ- O presidente do Sindicato dos Frentistas de Maringá, Odair José, junto com demais entidades de classes, fecharam o acesso à Avenida Colombo, principal via da cidade. Durante o protesto, ele filmou a indignação da população contra o governo Temer.
SANTA CATARINA- Em Chapecó, os sindicalistas montaram barricadas e fecharam os principais acessos à cidade.
RIO GRANDE DO SUL- Para garantir o sucesso dos protestos, os frentistas de Pelotas participaram de piquete para impedir a circulação dos ônibus na cidade.
De Norte a Sul do país, os frentistas mostraram a força e a união da categoria. Na marcha pela democracia e a manutenção de direitos, os brasileiros gritaram Fora Temer e pediram eleições diretas. Os Sindicatos dos Frentistas de todo o país honraram o compromisso assumido depois da convocação da FENEPOSPETRO e foram às ruas com garra e coragem exigir e cobrar a manutenção de direitos históricos. Os trabalhadores de postos de combustíveis e lojas de conveniência mostraram que lutar não é alternativa, mas sim, condição imperativa para a manutenção das nossas conquistas.