Trabalhadores da alimentação negociam reajustes salariais
Fonte: Assessoria de Imprensa da Fetiasp
A Fetiasp (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação do Estado de S. Paulo) está negociando a Convenção Coletiva de Trabalho para cerca de 150 mil trabalhadores , que têm data-base nesse 1º semestre, especialmente em maio.
“As negociações estavam emperradas, a exemplo do que acontece com inúmeras categorias, porque todos estavam esperando clarear os rumos que a economia seguirá,” disse Antonio Vítor, presidente da Federação.
Foram realizadas negociações com os segmentos da bebida e usinas de açúcar. Esta última foi ontem, pela manhã. Os patrões ofereceram 70% da inflação do período, proposta recusada pelos dirigentes sindicais na mesa de negociação.
Antonio Gonçalves Filho, coordenador da negociação com usinas de açúcar, propôs à bancada patronal que faça nova proposta. Em seguida, os trabalhadores resolveram marcar nova reunião somente quando os empresários acenarem com mudança na proposta.
Gonçalves Filho afirmou que as empresas alegam dificuldades, em função da crise econômica, mas estão fazendo investimentos altos, o que mostra que a situação está boa. “Portanto, é necessário conceder um reajuste digno aos trabalhadores que dão a sua contribuição para o crescimento das empresas. Não dá para engolir o índice da inflação acumulada em abril , de 3,99% pelo INPC porque não condiz com a realidade”, disse. Além de Gonçalves como coordenador, o setor de usinas tem como secretário, o sindicalista José Luis Claudio.
Estão programadas negociações nesse 1º semestre entre trabalhadores e empresários dos setores de rações balanceadas, frio (abate de animais), doces e conservas, bebidas, suco e usinas de açúcar.
